Congregacionais, os pioneiros no Brasil!
Em agosto de 2013 - 159 anos
No dia 19 de agosto de 2014 Os Congregacionais completam 159 anos no território brasileiro. Campina Grande e João Pessoa sediam o maior número de Igrejas do estado, com a maior membresia. A Igreja Congregacional faz parte do segmento evangelho mais antigo no Brasil.
Origem do congregacionalismo
O Congregacionalismo surgiu no século XVI (1501 - 1600), na Inglaterra, ao tempo da implantação da Reforma Religiosa Inglesa, em contraposição a tendência da época de uma Igreja estatal, centralizada, hierarquizada e ditatorial. Um grupo insatisfeito com os rumos tomados pela reforma religiosa inglesa promovida pelo rei Henrique VIII, que se afastara da Igreja Romana por questões pessoais, separou-se da Igreja Anglicana e organizou como comunidades autônomas, conhecidas pelo nome de Independente, nome esse que antecedeu ao nome Congregacional.
Na época em que reinava Eduardo VI, filho e sucessor de Henrique VIII (1553-1558), o movimento puritano, que surgira na Europa, começou a ter influência no seio da Igreja Anglicana, buscando a simplicidade de culto e pureza dos costumes no seio dela. Perseguidos na Inglaterra por Maria, a Sanguinária, católica fanática e por Isabel, filha de Henrique VIII, cujo interesse maior era fortalecer o Estado Inglês, os irmãos separatistas ou independentes estabeleceram-se na Holanda e dali partiram para o Estados Unidos, no famoso navio MAYFLOWER, estabelecendo-se em PLYMOUTH, onde organizaram a primeira comunidade Congregacional no novo continente, como extensão da Igreja de Scrooby na Holanda. Enquanto isso, os irmãos independentes que ficaram na Inglaterra e continuaram crescendo, mesmo sofrendo perseguições movidas pelas autoridades políticas e religiosas daquela nação. Principalmente através das Igrejas de governo Congregacional nos Estados Unidos o Congregacionalismo espalhou-se pelo mundo.
Congregacionalismo no Brasil
O trabalho Congregacional chegou ao Brasil graças ao esforço do Rev. Robert Reid Kalley, missionário inglês, que se dispôs a pregar o Evangelho em terras brasileiras. Kalley partiu da Inglaterra, no século XIX, para a Ilha da Madeira, possessão portuguesa na época, localizada no norte da África; ali pregou o Evangelho durante alguns anos. Depois da experiência missionária na Ilha da Madeira, Kalley voltou para a Escócia, viajando pouco depois para o Oriente em companhia de sua esposa Margarida que veio a falecer naquela viagem.
Depois de ler o livro Reminiscência de Viagem e residência no Brasil de Daniel P. Kidder e um apelo que o autor fazia à Sociedade Bíblica Americana para o envio de missionários para as terras brasileiras o Dr. Kalley sentiu arder em seu coração o desejo de vir trabalhar em nosso País. Agora já acompanhado de sua segunda esposa Sarah Poulton Kalley, Dr. Robert Kalley desembarca no Brasil onde estabeleceu-se no Rio de Janeiro, em 1855, onde realizou a primeira Escola Dominical em 19 de agosto em Petrópolis, sendo esta data considerada como da fundação do trabalho Congregacional em nosso País. No Rio de Janeiro, em 11 de junho de 1858, Robert Kalley organizou a primeira Igreja de governo Congregacional no nosso País, denominando-a de Igreja Evangélica Fluminense, ainda hoje existente naquele cidade. Detentor de uma visão expansionista, o Missionário Kalley abriu um trabalho em Recife, Estado de Pernambuco, que em 19 de outubro de 1873 foi organizado como Igreja, recebendo o nome de Igreja Evangélica Pernambucana.
O trabalho Congregacional do Brasil cresceu e num Concílio Geral realizado de 6 a 10 de julho de 1913, oficializou-se como denominação, tendo como o seu primeiro presidente, o Reverendo Alexander Telford. Mais tarde, num Concílio Geral realizado em Vitória de Santo Antão/PE, que ocorreu entre os dias 26 a 31 de janeiro de 60, foi criada a União de Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, agregando as Igrejas Evangélicas Congregacionais da nação brasileira. Por questões doutrinárias relacionadas a obra do Espírito Santo (Batismo e manifestações dos dons carismáticos), um grupo de pastores, dentre os quais estavam Jônatas Ferreira Catão, Raul de Sousa Costa, José Quaresma de Mendonça, Isaias Correia dos Santos, Roberto Augusto de Sousa, Moisés Francisco de Melo e João Barbosa de Lucena, foram excluídos da UNIÃO DAS IGREJAS CONGREGACIONAIS em julho de 1967, num Concílio Geral da denominação realizado em Feira de Santana/BA. No mesmo Concílio, o Presidente da Federação de Mocidade do Nordeste Setentrional, Osmar de Lima Carneiro, pelos mesmos motivos, foi excluído da denominação. Neste mesmo ano, em 13/08/1967, tendo como palco a Igreja Evangélica Congregacional de Campina Grande, esses Pastores excluídos organizaram a Aliança de Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, denominação essa da qual está ligada a Igreja Evangélica Congregacional de João Pessoa.
Os Congregacionais na Paraíba
A Igreja Congregacional é muito forte na Paraíba, tendo sido pioneira em muitas cidades do Estado, como Sítio Serra Verde, Areia, Aroeiras, Brejo dos Santos, Catolé do Rocha, Esperança, Guarabira, Ingá, Lagoa Nova, Mamanguape, Patos, Umbuzeiro entre outras; entretanto, o maior número de Igrejas da denominação está polarizado por Campina Grande, mercê do incansável trabalho realizado pelos consagrados evangelistas: missionário Harry G. Briault e o pastor João Clímaco Ximenes, com ajuda da Missão Evangelizadora do Nordeste, órgão que tem sede na Rainha da Borborema.
Nossa História









Histórico da Igreja Evangélica Congregacional de Campina Grande-PB.
Em1901, veio morar em Campina Grande o casal Ollinto Cordeiro de Sousa e Rita Maria Cordeiro. Certo dia o Sr. Olinto hospedou-se na Fazenda do Sr. Aprígio de Farias que exercia a função de subdelegado de Polícia. Nesta visita, deparou-se com um Novo Testamento e passou a lê-lo e que causou espanto ao sr. Aprígio, tendo o mesmo oferecido referido Livro ao sr. Olinto que recebeu com alegria.
Lendo os evangelhos o sr. Olinto ficou impressionado com atitude de Cristo em perdoar o ladrão arrependido e com a declaração: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.
O sr. Olinto afirmou para sua esposa: “Este livro é bom. Para se entrar no Céu não precisamos rosários, de missa... eu queria conversar com o nova seita” (como eram conhecido os crentes). Dias depois, o evangelista Sinfrônio estava em Campina Grande, doutrinando o casal Olinto e Rita. Esta resistiu dizendo que não deixaria de ir à missa em hipótese nenhuma.
O sr. Olinto certo dia foi assistir uma missa. Ao tentar se ajoelhar, teve câimbra, isto lhe causou temor e passou a freqüentar os cultos da nova seita, que foram dirigidos pelo irmão Antonio Duarte, de São José do Serigi.
Os srs. Olinto Cordeiro e Antonio Duarte foram perseguidos pela população, que chegou a chamar seu Olinto de “cão coxo”, por causa de seu defeito físico.
Os cultos começaram a ser frequentados e em 1912 foram batizados pelo Rev. Hermenegildo Sena, vários irmãos dentre os quais: Rita Cordeiro, Veridiana Cordeiro, Josefa Candeia, Vicente Catão, Maria Catão, Efigênia Catão, Hermegildo. Convém salientar que apesar da Igreja nascer na residência do sr. Olinto, o mesmo só se batizou em 1933, após 13 anos de organização.
As sedes da Igreja foram: Primeiro na casa do sr. Olinto, depois em casa do sr. Julio Galdino e finalmente, no local atual, num Templo pequeno.
A igreja foi organizada em 15 de novembro de 1920 pelo Rev. James Haldene, seu pastor tendo como evangelista Sifronio Costa, presbítero João Canuto e o diácono Eulálio Eliezer. A Igreja tinha então 30 membros e 60 alunos na Escola Dominical.
Em 1922 assumiu o pastorado o Rev. Harry G. Briault. O mesmo trabalhou durante 5 anos como seu pastor, deixando em 30 de junho de 1927 com 90 membros e 150 alunos na Escola Dominical. Nessa última data, o Rev. João Clímaco Ximenes, passou a ser o seu guia espiritual. Neste período, por necessidade, o Templo foi aumentado e reformado duas vezes. No dia 30 de janeiro de 1930, foi inaugurada a casa pastoral ao lado do Templo. Em 19 foi realizada a primeira reforma ainda sobre o ministério do Pr. João Ximenes, que durante 36 anos esteve à frente da Igreja.
Após sua morte, assumiu o pastorado da Igreja o Pr. Raul de Sousa Costa, posteriormente assumiu o Pr. Alexandre Ximenes, filho do Pr. João Ximenes, logo após um período em que a Igreja ficou sem pastorado, período este em que o Pr. Claudenor Gomes e o Evan. Janduí Araújo cooperou assistindo-a espiritual; após este período pastoreou a Igreja o Pr. Antonio Acácio de Moraes e atualmente a Igreja é pastoreada o Pr. Samuel Dionísio de Veras que continua à frente da Igreja há mais de 20 anos. Atualmente os pastores da Igreja é composta por: Pr. Samuel Dionisio d Veras (Pr. Titular), Alexandro Felizardo (Co- Pr) e Pr. André Costa Moraes (Pr. Auxiliar).
Sua organização eclesiástica conta com os seguintes Departamentos:
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Dir. Eclesiástica
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Dir. Adm. Do Patrimônio
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União de Moços Congregacionais
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União Juvenil Congregacional
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União Auxiliadora Congregacional
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União de Homens Congregacionais
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Caixa Diaconal
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Escola Bíblica Dominical
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Departamento Infantil
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Vários Grupos de Louvor, Corais, Coreografias e Teatro
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Encontro de Casais com Cristo
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Encontro de Jovens com Cristo
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Curso de Discipulado
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Curso Bíblico
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Missões locais, Nacional e Internacional
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Missão Evangelizadora do Nordeste
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Atualmente na Igreja sede, temos um Corpo de Oficiais composto de 13 Presbíteros, e 31 Diáconos Dispomos de um local para retiros, o Acampamento Maanaim, que comporta 300 pessoas no Distrito do Alvinho.
Na área de Missões temos Congregações em Queimadas, Capim Grande, Santa Terezinha, Mutirão, Tambor, Fagundes, Serra Branca, Sossego, Maliça, Alto do Umbuzeiro, Riacho dos Carneiros, Gurjão, Santa Luzia do Cariri, Sumé, São João do Cariri, Monteiro, Itatuba, São Tomé, Ouro Velho, Baraúnas, Canoa de Dentroe outros.
Ele foi a primeira Igreja Evangélica em nossa cidade, um marco histórico de grande relevância não só para a nossa cidade mas para muitas outras do Estado e fora dele, pois muitas Igrejas foram fundadas graças a estes desbravadores, homens e mulheres de Deus que fizeram com que o Evangelho chegasse a lugares longínquos e de difícil acesso. Para nós é um privilégio santo colher os frutos plantados por estes irmãos!